watching rain by MagdaMontemor
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é chuva?
é chuva sim. calma. constante.
da que penetra a Terra e fertiliza
chuva da cor de lágrimas sem sal
de quando as almas choram em uníssono
desenbargando as palavras que calavam
do silêncio ela sabe e do choro guardado
das palavras sem som sabe também
e da terra ou o seu corpo esventrado
e depois desertado
como o de um animal que os predadores
abandonaram saciados
e ainda estremece ansiando a morte. total.
agora chove. sem perigo de inundar
chove-lhe sobre o rosto levantado
para aquele céu de almas a chorar
no Outono parte da vida apodrece para voltar a nascer
reciclada
assim seja pois com as partes do seu corpo
espalhadas
apodreçam unidas num passado
em nenhuma Primavera que vier ela as quer re-encontrar
para que não lhe doa mais o ventre
a dentes de carnívoro, trocidado
quando ainda tremia fremia de vida.
por amar!
madalena pestana (aka - magda montemor)
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é chuva?
é chuva sim. calma. constante.
da que penetra a Terra e fertiliza
chuva da cor de lágrimas sem sal
de quando as almas choram em uníssono
desenbargando as palavras que calavam
do silêncio ela sabe e do choro guardado
das palavras sem som sabe também
e da terra ou o seu corpo esventrado
e depois desertado
como o de um animal que os predadores
abandonaram saciados
e ainda estremece ansiando a morte. total.
agora chove. sem perigo de inundar
chove-lhe sobre o rosto levantado
para aquele céu de almas a chorar
no Outono parte da vida apodrece para voltar a nascer
reciclada
assim seja pois com as partes do seu corpo
espalhadas
apodreçam unidas num passado
em nenhuma Primavera que vier ela as quer re-encontrar
para que não lhe doa mais o ventre
a dentes de carnívoro, trocidado
quando ainda tremia fremia de vida.
por amar!
madalena pestana (aka - magda montemor)
Simples e belo.
ResponderEliminar"no Outono parte da vida apodrece para voltar a nascer
reciclada
assim seja pois com as partes do seu corpo
espalhadas
apodreçam unidas num passado"
Este pedaço agarrou-me com tal força, que me apeteceu permanecer num duradouro outono.
Gostei
Madalena, você assinou... presumo que termine aqui! Espero que volte a encontrá-la! Um abraço
ResponderEliminarVincent, em condições normais seria assim. Mas há sempre uma excepção. Este texto por razões pessoais teria de ser assinado. Não é bem escrito, mas era necessário. O blog continua. A Magda há-de voltar, espero. Abraço. :)
ResponderEliminarUm abraço
ResponderEliminarpor tanta chuva desfazendo-se
sobre
a presa morta.
Reciclada a carne em terra.
Trucidada? a poesia não...
o périplo da vida ... em cada estação se recomeça ....
ResponderEliminar.
um beijo ,quemadre ,não molhado ( apesar da chuva e do frio )