19 junho 2009

Nómada


image by Michal Karcz


no mistério da estrada o incógnito. absoluto

nem uma só palavra. desleixada. perdida

a desvendar passados. longínquos tal o tempo

absortas as árvores apelam novos rumos

...e o vento passa longe!

transporta no cinzento das nuvens

a espessura dos sonhos


by Brian Kerr

silêncio a silêncio

construída a vazios. talhada osso em pedra

cresce a história dos homens.


aquela ou outra estrada gravaram-lhes os passos

esqueceram-lhes os sons

deixam marcas nas rochas

cantos de urgente voz. tecidos ardua-mente


houve pressa no erguer-se. lentidão em partir.


vindos. nascidos de onde?

rios em sulcos de pedra. caminham

para que foz?


7 comentários:

  1. Olá, sarasvati!
    Mais um excelente pots!
    A vida, tenho para mim, tem como principal característica o nomadismo. A começar pela fisiologia (nada, a começar pelo precioso sangue) está absolutamente sempre no mesmo sítio... sim, mesmo os orgãos! Em absoluto, não ocupam sempre a mesma rigorosa Geografia.
    Depois a parte não tangível da "coisa"!!! Então pode lá haver evolução, desenvolvimento sem que nomadizem pensamento, estruturas completas destes; conhecimentos?!
    Como disse, mais um excelente post, como excelente foi o comentário k deixaste ao meu mais recente post.

    Td de bom!

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  2. silente caminho que musga as pedras.
    rio, palavra,
    nascente!
    abraço, poema.
    em leito de linho!
    um sulco de sal...
    que abre, que rasga.
    nega e encanta!
    num tempo de dor,
    um passo de dança!

    um beijo

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  3. sim, vindos de onde?

    e para onde?

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  4. Seremos predestinados ao caminho errante? Se não conhecemos o mistério de ser...


    della

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  5. A única palavra que me ocorre para definir este post e imanens é:

    ESPAVO! - como em MU!
    é esta a saudação que deixo

    Mariz

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